O financiamento imobiliário é a opção mais procurada pelos brasileiros no momento de comprar um imóvel. E isso não é à toa. A modalidade oferece diversas facilidades e um prazo bastante longo para o cliente quitar a dívida. Embora seja um processo muito comum, é preciso ter atenção em alguns pontos essenciais para ter certeza de estar fazendo um bom negócio. Afinal, é o sonho da casa própria que está em jogo!
Que tal entender melhor sobre o ele? Separamos dicas valiosas para você!
Você está pronto para fazer um financiamento imobiliário?
Antes de saber como ele funciona, é importante entender se você está realmente pronto para assumir um compromisso dessa magnitude. Afinal, essa dívida pode durar até 30 anos e, nesse período, é necessário ter muita disciplina e foco para tudo sair como o planejado, certo?
No Brasil, há alguns critérios que validam o financiamento. É necessário ser brasileiro ou ter visto permanente no país, ser maior de 18 anos e ter condições comprovadas civis e de pagamento. É importante frisar também que a idade limite para realizar esse compromisso com o banco é de 80 anos.
Lembre-se que a instituição bancária que você escolher também irá avaliar uma série de fatores para comprovar a sua condição real de pagamento. Afinal, o financiamento deve ser um bom negócio tanto para o cliente quanto para o banco.
Após verificar se todos os requisitos do banco são cumpridos, é necessário se organizar! Esse é o momento que demanda mais atenção e disciplina. Então, assim que você definir qual o valor médio do apartamento, verifique qual o valor máximo de entrada que será possível pagar. Isso é importante, pois, quanto maior for a entrada, menores serão as parcelas do empréstimo.
Além disso, é indicado criar uma planilha para anotar todos os seus gastos mensais, desde as despesas fixas como aluguel, energia, parcela do carro, cursos, internet e escola ou faculdade. Ah, até as despesas menores devem ser documentadas, ok? Tendo mais consciência de como você está gastando seu dinheiro, fica muito mais fácil saber o que dá para cortar e o que não é possível tirar do orçamento familiar.
Quais os tipos de financiamento imobiliário?
Quem optar pelo financiamento imobiliário terá a oportunidade de escolher entre as três modalidades existentes no Brasil. Antes de dar esse passo, é interessante verificar todas as condições e prazos que cada uma oferece para fazer um bom negócio. Saiba mais abaixo!
Programa Minha Casa, Minha Vida
O Minha Casa, Minha Vida é uma das modalidades mais conhecidas no Brasil quando o assunto é financiamento imobiliário. Nesse programa criado pelo Governo Federal em 2009, muitas famílias podem ter acesso ao lar pagando prestações que são subsidiadas, o que as tornam mais baixas do que em outras modalidades de financiamento.
O MCMV é dividido por faixas, mas eles devem atingir alguns requisitos em relação à renda familiar do interessado. São elas:
- Faixa 1: famílias com renda mensal bruta de até R$ 1.800;
- Modalidade 1.5: famílias com renda mensal bruta de até R$ 2.600;
- Categoria 2: famílias com renda mensal bruta de até R$ 4 mil;
- Faixa 3: famílias com renda mensal bruta de até R$ 9 mil.
Sistema Financeiro de Habitação (SFH)
O SFH é o sistema que compõe a maior parte dos financiamentos imobiliários no Brasil atualmente e possui variantes de acordo com o local em que o imóvel está localizado.
É importante frisar que todas as regras do SFH são criadas pelo Governo Federal e fiscalizadas pelo Banco Central, o que garante maior segurança e transparência em todos os trâmites.
A grande vantagem oferecida pelo SFH é a possibilidade de usar o FGTS para abater o valor das prestações, como mencionamos acima. Como o limite do financiamento é maior do que a média, o prazo também é bastante atrativo, podendo chegar a 35 anos. Não esqueça que o preço do imóvel não pode ultrapassar R$ 1,5 milhão.
Tenha em mente que o valor das parcelas não deve exceder mais que 30% da renda mensal de quem contrata, gerando maior tranquilidade e estabilidade financeira ao longo dos meses.
Sistema Financeiro Imobiliário (SFI)
O Sistema Financeiro Imobiliário financia imóveis com valores que estão além dos limites estabelecidos para financiamentos através do SFH. Ele é ideal para pessoas que pretendem adquirir um imóvel de alto padrão. Em contrapartida, as taxas de juros são variáveis de banco para banco e o prazo máximo para quitação do empréstimo é de 35 anos.
Quais as vantagens do financiamento imobiliário?
Muitas! Antes de falar sobre as inúmeras vantagens, é necessário mencionar que o Brasil está num ótimo momento para quem deseja financiar um imóvel. Isso devido aos recentes e sucessivos cortes da taxa Selic, que diminuem o valor dos juros das parcelas.
Além disso, o mercado imobiliário vive um momento muito próspero com diversos lançamentos e muita demanda de moradia. Para saber mais sobre o atual momento do segmento no Rio de Janeiro, clique aqui!
Conheça a seguir as principais vantagens do financiamento!
Prazo estendido para pagar
Escolher um imóvel leva tempo, logo, é natural que o seu pagamento também seja um pouco longo. Mas não há motivos para desespero, pois, se você conseguir um prazo maior, a prestação tende a ser mais baixa.
Por outro lado, se você optar por um prazo maior, provavelmente irá pagar mais juros. Indica apenas que com o prazo maior, você estará mais tempo exposto ao pagamento de juros e o custo efetivo total (CET) será mais elevado.
Nesse caso, o corte da taxa Selic representa uma boa garantia de que os juros não irão comprometer a sua renda mensal. Atualmente, o prazo para quitar o financiamento de imóveis está atrelado à modalidade definida no momento de adquirir o apartamento.
Usar o saldo do FGTS
Essa é uma das principais vantagens na hora de financiar um imóvel. Utilizar o FGTS pode representar uma economia importante para quitar totalmente ou parcialmente sua dívida com a instituição financeira.
Mas, é importante frisar que o seu uso não é permitido para financiar imóveis comerciais, bem como reformas e compra de material de construção. Ou seja, apenas os imóveis residenciais, novos ou usados, irão contemplar o uso do fundo, certo?
O cliente deve também respeitar algumas diretrizes para poder utilizar o fundo de garantia. Conheça as principais abaixo!
- Ter pelo menos 3 anos de carteira assinada (não precisa ser necessariamente na mesma empresa);
- Morar ou trabalhar na cidade de localização do imóvel;
- Não ser dono de imóvel residencial na cidade onde está localizado o segundo imóvel;
- Não ter um financiamento ativo no Sistema Financeiro de Habitação (SFH);
- Manter as prestações do financiamento em dia ao solicitar o saldo do FGTS para auxiliar na transação.
Quais os documentos necessários?
A documentação é parte primordial para realizar um financiamento imobiliário sem imprevistos ou contratempos. A dica de ouro nesse momento é emitir toda a parte burocrática correta e atualizada para facilitar o caminho até a casa própria.
É importante ressaltar que os papéis exigidos variam de pessoa física para pessoa jurídica e que existe também uma documentação especial para os profissionais autônomos. Conheça os detalhes abaixo!
Pessoa física
Para pessoa física, os documentos pessoais e do cônjuge exigidos são os seguintes:
- RG e CPF;
- Certidão de estado civil atualizada – no caso de pessoas casadas, divorciadas ou viúvas;
- Comprovante de residência;
- Certidão conjunta negativa de débitos relativos a tributos federais.
Pessoa jurídica
Para pessoa jurídica, são exigidos alguns itens extras, como:
- CND (Certidão Negativa de Débito) do INSS;
- Contrato Social ou Estatuto Social com as últimas alterações contratuais e estatutárias;
- CRF (Certificado de Regularidade do FGTS);
- CQTF (Certidão de Quitação de Tributos Federais).
Documentação para autônomos
O número de trabalhadores autônomos no Brasil já ultrapassa os 15 milhões de pessoas, segundo o IBGE. Essa grande parcela é bastante importante para o mercado imobiliário. Por esse motivo, as exigências para viabilizar um financiamento imobiliário são distintas e feitas através de um documento chamado Decore.
Esse documento é usado para comprovar o rendimento de quem não tem carteira assinada. Sendo assim, os profissionais liberais, como médicos, dentistas e advogados, quanto os autônomos, como encanadores, eletricistas e vendedores estão englobados.
Mas, para que o documento seja válido, é preciso que ele seja emitido por um contador, que deverá carimbar seu nome e número do CRC.
Conclusão
Antes de realizar um financiamento imobiliário, é importante entender se a sua condição financeira realmente comporta esse tipo de investimento. Para isso, avalie e organize os seus rendimentos, para ter a real noção do quanto sobra para quitar as parcelas da dívida. Conheça também os tipos de financiamentos disponíveis no mercado e avalie qual a melhor opção para você. Neste artigo, você pôde conhecer as principais vantagens dessa modalidade, entre elas, a possibilidade usar o FGTS e o tempo estendido para poder pagar, que pode chegar até a 30 anos. Por fim, verifique toda a documentação necessária para dar esse passo importante.